Ativo e passivo na contabilidade: quais as diferenças entre eles

Empreender com sucesso significa, tornar-se multidisciplinar. Isso por que, se tonar empreendedor significa se deparar com frequência com questões da área do direito, da administração e da contabilidade. 

Essa mescla de áreas do conhecimento vem, usualmente, acompanhada por uma necessidade de expandir o próprio repertório e conhecer novas ideias e conceitos, como os conceitos de ativos e passivos na contabilidade, tão fundamentais para o empreendedorismo. 

Por isso, preparamos esse artigo explicando tudo o que você precisa saber sobre ativo e passivo na contabilidade!

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Os ativos e passivos

Ativo e passivo na contabilidade são indicadores complementares, usados para acompanhar o desempenho das empresas e elaborar o balanço patrimonial. 

O entendimento desses conceitos é vital para a manutenção da lucratividade da empresa, visto que eles se relacionam com os fluxos de entrada e saída de capital. 

Os ativos representam os bens e direitos da empresa, enquanto os passivos representam suas despesas e obrigações, mas veremos tudo isso mais detalhadamente. 

Ativos

Enquanto os ativos de uma empresa são tudo aquilo que ela possui e que a ela agrega valor. 

Aqui estamos falando desde o dinheiro em caixa até o direito sobre outras instituições (em forma de ações, por exemplo), passando pelo maquinário, recursos em estoque, tecnologias e softwares. 

Em suma, todos os seus bens, móveis e imóveis, tangíveis e intangíveis. 

Ativos circulantes e não circulantes

Outra conceituação relevante dentro da contabilidade é a de ativos circulantes e não circulantes.

Entende-se como ativos circulantes todas as entradas de recursos registradas e/ou previstas para o período de 12 meses que podem ser convertidas em capital a curto prazo. A exemplo, temos o fluxo de caixa e as contas a receber (desde que sua entrada esteja prevista dentro do período do ano corrente ao cálculo).

Já os ativos não circulantes são aqueles cuja conversão em capital excede o prazo de 12 meses. São usualmente ativos fixos, como imóveis e maquinário, mas também podem ser representados por contas a receber dentro de um mesmo ano-calendário.

Essa definição é importante, porque considera um ano de exercício da empresa. Ao final de cada ciclo – compreendido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro –, as empresas costumam prestar contas e fazer um balanço para verificar o desempenho do empreendimento dentro desse espaço de tempo, por isso, essa diferenciação é importante.

Passivos

Os passivos são todas as despesas e obrigações da empresa e se relacionam diretamente ao fluxo de saída de recursos.  Alguns exemplos de passivos de uma empresa são:

• Gastos com folha de pagamento;
• Compra de matéria-prima;
• Impostos;
• Pagamento de empréstimos e financiamentos. 

Passivos circulantes e não circulantes

O conceito de “circulantes” e “não circulantes” também se aplica aos passivos de uma empresa. Afinal, para analisar o desempenho dos negócios dentro do ano de exercício, é necessário considerar os seus custos e gastos em relação à sua arrecadação. 

Nesse sentido, os passivos circulantes de uma empresa são todas as despesas e obrigações que podem ser liquidadas dentro do período de 12 meses, como os gastos mensais com folha de pagamento e estoque. 

Os passivos não circulantes, por sua vez, são aqueles cujo prazo de liquidação excedem os 12 meses. Exemplos de passivos não circulantes são empréstimos e financiamentos parcelados em mais de 12 vezes.

A relevância do controle dos ativos e passivos na contabilidade

Um leigo talvez ache toda essa tipificação conceitual desnecessária e puramente teórica, mas essas divisões são muito funcionais para o empreendedorismo, especialmente para os profissionais da contabilidade.

Parte da atividade de empreender é monitorar constantemente o desempenho dos seus negócios, afinal, você está lidando com uma grande quantidade de capital, uma parte considerável do seu patrimônio, eventualmente do patrimônio de terceiros também.

Portanto, faz-se necessário a criação de ferramentas e tecnologias para acompanhar e gerir esses recursos com segurança. 

O conceito de ativo e passivo na contabilidade (e suas segmentações), dessa forma, são usados para identificar a situação financeira da empresa, se ela está ou não sendo rentável. 

Dentro de um ano de exercício, uma empresa cuja diferença entre os ativos e os passivos seja negativa, claramente não está apresentando um bom desempenho e precisa revisitar suas estratégias e planejamentos.

Todos esses dados são vitais para a elaboração de um dos documentos mais relevantes da contabilidade para empresas, o balanço patrimonial.

O balanço patrimonial   

Este documento se apresenta na forma de um relatório que indica a situação patrimonial e financeira de uma empresa.

O balanço patrimonial representa uma das demonstrações de rendimento mais importantes para as empresas, e sua emissão é mandatória pelo governo ao final de cada ano de exercício.

Algumas empresas o realizam em períodos mais curtos – como mensal ou semestralmente –, visto que é uma ótima ferramenta para a gestão, além de ser uma boa prática de governança corporativa. 

O balanço patrimonial é feito através da relação de passivos e ativos da empresa, a fim de calcular seu patrimônio líquido. Sendo a fórmula de seu cálculo: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido. 

Uma empresa com a soma de ativos igual a R$ 300 mil e a soma de passivos igual a R$ 50 mil, apresentaria a seguinte fórmula:

• Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
• 300 mil = 50 mil + Patrimônio Líquido
• Patrimônio Líquido = 300 mil - 50 mil
• Patrimônio Líquido = R$ 250 mil 

O balanço patrimonial é uma ótima ferramenta para a gestão, visto que fornece dados importantes para a tomada de decisões e aponta o status da saúde financeira do negócio, além de ser uma boa forma de demonstrar o desempenho da empresa e, assim, atrair possíveis investidores. 

Um balanço patrimonial, para ser válido, deve ser assinado por um contador devidamente registrado em seu conselho de classe.

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